O ritmo do trem é lento, mas o arrastapé é animado. São pouco mais de duas horas de percurso até o centro do Cabo. O bom mesmo é que o trem demore a chegar ao destino, pois a animação é tanta dentro dos vagões, que os passageiros não querem parar de dançar. O trem balança nas curvas, o sanfoneiro estica o fole, a zabumba marca o compasso, o triangulo ajuda a ditar o rítmo e o povo acompanha a letra, o balanço do trem e a melodia típica dos festejos juninos, num arrasta pé “arretado’ de bom.
Os passageiros desembarcavam no Cabo recepcionados pelo Grupo Junino Quadrilha Quebra Galho, de Pontes Carvalho, que os conduziam à praça central, onde o forró continuava. Junto com a Quebra Galho os passageiros do Trem do Forró fazeram uma grande quadrilha junina e animaram o povo.
E pra quem pensa que, com o fim dos festejos juninos, Trem do Forró só ano que vem, se engana. O evento agora ocorrerá todos os meses. Segundo Andersom Pacheco, proprietário da SERRAMBI Turismo e coordenador geral do Trem do Forró, a festa se estende ao longo do ano, sendo uma por mês. “É uma forma que vem dando certo há 19 anos temos que ampliar o projeto”, afirma Andersom.
Quando surgiu, o Trem do Forró fazia o percurso de Recife a Caruaru. Com o fim da linha deste destino, mudou para o Cabo, tendo perda de público nos dois primeiros anos, mas logo voltando à lotação máxima. Pessoas de várias regiões procuram o passeio, são diversas caravanas, Natal, Maceió, Caruaru, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, dentre outras, que lotam os dez vagões do trem, com capacidade para mil pessoas.
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