De joelhos frente ao túmulo, muitos se emocionavam só pelo fato de estarem ali. A crença nos milagres do frei leva uma multidão de romeiros a clamar pelo auxilio do padre capuchino, na esperança de uma consolação, de um amparo para suas angústias e sofrimentos. Uns vem trazendo o corpo doente e, como não encontram na medicina uma reposta para seus males, rezam pela misericórdia e interseção do frei.
A fila maior era para entrar no local reservado à moldura de gesso da mão de Frei Damião, onde os fiéis, rapidamente, podiam tocá-la e fazer um pedido.
Tirar uma foto junto à estátua, acender uma vela, ou até mesmo tocar na escultura da mão do frei, esses são alguns dos rituais de reverência a Frei Damião, na capela localizada na Rua José Rodrigues, no bairro do Pina, Recife. Uma estátua de cerca dois metros, no pátio do convento, recebeu fitas, onde os devotos escreviam seus nomes e de familiares, pedindo a proteção ao milagroso frei.
Foram quatro dias de comemoração dos 12 anos da morte de Frei Damião, o missionário do nordeste. Mais de 30 mil devotos participaram das comemorações. No último dia do evento as celebrações começaram às 4h30 com o Ofício de Pentecostes, tendo a primeira missa às 6h e, às dez da manhã a missa solene, após aconteceu uma homenagem especial à Frei Antônio de Pádua Malafaia, por ocasião dos seus 50 anos de vida sacerdotal. Diversas apresentações culturais, dentre elas o Maracatu Frei Damião deram continuidade à festa. As festividades à tarde prosseguiram com mais uma missa e bênção aos Romeiros e, por fim, nova missa e benção aos voluntários e patrocinadores da festa às dezessete horas.
No fim do dia as centenas de ônibus que ocupavam a Avenida Domingos Ferreira foram saindo, levando de volta os romeiros que vieram prestigiar Frei Damião.
Nenhum comentário:
Postar um comentário